O investimento em cotas de usinas solares vem ganhando força como uma das formas mais acessíveis e rentáveis de participar do setor de energia renovável no Brasil. Com a crescente demanda por fontes limpas e o avanço da geração compartilhada de energia, esse modelo permite que pessoas físicas e jurídicas lucrem com a produção solar sem precisar instalar painéis em suas propriedades.
Neste artigo, você vai entender quanto custa investir, qual é a rentabilidade média e como entrar nesse tipo de negócio com segurança e retorno previsível.
O que são cotas de usinas solares?
Ao adquirir cotas de uma usina solar, o investidor passa a ser coproprietário de uma fração de um sistema de geração fotovoltaica. Em outras palavras, ele participa diretamente da produção de energia limpa, recebendo os benefícios financeiros proporcionais à sua cota. Esse modelo opera com base na geração compartilhada, prevista e regulamentada pela Lei nº 14.300/2022, que estruturou o Marco Legal da Geração Distribuída no Brasil.
Em linhas gerais, essa modalidade permite que diversos consumidores compartilhem a energia gerada em uma mesma usina, mesmo que não estejam fisicamente conectados a ela. O investimento, portanto, não exige a instalação de equipamentos na propriedade do cotista. Por essa razão, ele representa uma alternativa viável tanto para quem mora em imóveis alugados quanto para empresas com unidades em diferentes regiões do país.
Vale destacar que, ao investir em cotas, o participante não está apenas economizando na conta de luz — ele está, de fato, construindo uma fonte de renda mensal com base na produção e comercialização da energia gerada. O retorno financeiro ocorre por meio de créditos de energia, que compensam o consumo da unidade consumidora vinculada, ou por meio da distribuição de lucros, nos modelos em que a energia é vendida diretamente a consumidores ou empresas via contratos.
Adicionalmente, o investidor pode escolher entre diferentes formatos de participação, como cooperativas, consórcios ou sociedades de propósito específico (SPEs), conforme o nível de envolvimento desejado. Cada modelo possui regras próprias, mas todos se beneficiam da mesma base legal e da atratividade econômica proporcionada pelo avanço da energia solar no país.
Modelos mais comuns de Cotas de Energia Solar:
- Consórcios de energia (pessoas físicas ou empresas compartilham a energia gerada)
- Cooperativas solares
- Empresas especializadas que vendem cotas com contrato de performance
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Quanto custam as cotas de usinas solares?
O valor de entrada depende de alguns fatores:
- Capacidade da usina (kWp)
- Localização
- Modelo de negócio
- Volume de cotas disponíveis
- Terreno alugado ou aquisição
Em geral, os valores variam entre:
Tipo de Investimento | Valor Inicial Médio |
Cota em cooperativa solar | R$ 10.000 a R$ 30.000 |
Participação direta em SPE | A partir de R$ 100.000 |
Fundo de energia solar | A partir de R$ 1.000 (via plataformas digitais) |
Importante: sempre analise o contrato, a viabilidade técnica da usina e os dados de geração previstos antes de investir.
Quanto rende uma cota de energia solar?
O rendimento é influenciado por:
- Irradiação solar da região
- Eficiência da usina
- Tarifas de energia locais
- Custos operacionais e administrativos
Retorno médio estimado:
- Entre 1,6% e 3% ao mês sobre o valor investido
- Payback (retorno do investimento) em 3 a 5 anos
- Contratos de até 25 anos de duração, com reajustes pela inflação ou tarifa de energia
Exemplo: um investimento de R$ 100.000 pode gerar entre R$ 1.600,00 a R$ 3.000,00 por mês, de forma recorrente.
Como entrar no mercado de cotas de usinas solares?
Passo a passo:
- Escolha o modelo de investimento: cooperativa, consórcio ou participação societária.
- Pesquise empresas com histórico e com usinas em operação.
- Analise o contrato: verifique garantias, prazos, taxas e cláusulas.
- Avalie o retorno previsto com base no histórico de outras usinas.
- Assine o contrato e realize o aporte inicial.
- Comece a receber os créditos ou rendimentos mensais.
Vantagens do modelo de cotas solares
Investir em cotas de usinas solares oferece diversas vantagens que tornam esse modelo extremamente atrativo para quem busca aliar rentabilidade à sustentabilidade. Em primeiro lugar, o custo inicial é significativamente mais baixo quando comparado à construção de uma usina própria, o que amplia o acesso ao setor para pequenos e médios investidores.
Além disso, o investidor passa a contar com renda passiva mensal, recebendo valores com alta previsibilidade, o que contribui para um planejamento financeiro mais seguro e estável. Outro fator relevante é o impacto ambiental positivo gerado por esse tipo de investimento, já que ele incentiva a produção de energia limpa e reduz a dependência de fontes poluentes.
A demanda crescente por energia renovável no Brasil reforça o potencial de valorização desse mercado. Isso cria um ambiente propício não apenas para retornos consistentes, mas também para a reaplicação do capital em novos projetos solares, ampliando o portfólio de investimentos de forma estratégica e sustentável.
FAQs – Perguntas Frequentes
1. Posso vender minhas cotas de usinas solares depois de algum tempo?
Sim, dependendo do contrato, a cota pode ser vendida a terceiros ou recomprada pela empresa gestora.
2. É seguro investir em cotas de usinas solares?
Sim, desde que o projeto esteja regularizado na ANEEL, com contrato claro e operador experiente.
3. Recebo energia ou dinheiro pelas minhas cotas de usinas solares?
Depende do modelo. Em cooperativas, você recebe créditos na conta de luz. Em modelos de investimento puro, você recebe renda mensal em dinheiro.
4. Qual a diferença entre cota e PPA (Power Purchase Agreement)?
O PPA é um contrato de compra de energia por empresas. A cota é uma participação societária ou contratual com distribuição de lucros ou créditos.
Conclusão
Investir em cotas de usinas solares é uma forma inteligente de obter renda passiva, previsível e sustentável. Com valores acessíveis e retorno atrativo, esse modelo se consolida como uma alternativa moderna aos investimentos tradicionais, unindo rentabilidade e responsabilidade ambiental.
Além disso, à medida que o setor de energia limpa cresce no Brasil, os investidores que se posicionam cedo colhem os frutos de um mercado em plena expansão. Por consequência, quem investe agora tende a obter retornos mais expressivos ao longo dos anos, beneficiando-se da valorização dos ativos e do aumento na demanda por soluções energéticas renováveis.
Ao mesmo tempo, o investidor tem a oportunidade de diversificar seu portfólio sem assumir os riscos e a complexidade de operar uma usina solar própria. Com isso, ele participa diretamente da transição energética, contribuindo para um futuro mais sustentável, sem abrir mão da rentabilidade.
Por fim, o modelo de cotas permite reinvestimentos recorrentes em novos projetos, ampliando o impacto positivo e consolidando uma fonte contínua de renda. Portanto, para quem busca retorno financeiro com estabilidade, consciência ambiental e segurança jurídica, as cotas solares representam um caminho cada vez mais relevante.
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